quarta-feira, 23 de junho de 2010
Projeto: Viveiro de mudas do cerrado. Recuperação ambiental como uma alternativa sustentavel para nossa região e para a vida.
As atividade serão realizadas com a participação de funcionarios, alunos pais e demais integrantes da comunidade onde contribuirão com a coleta de sementes, produção de mudas demais atividades para a manutenção do viveiro. As mudas produzidas no viveiro situando no Colégio Estadual Adonias Lemes do Prado; possuirá um único fim, o repovoamento da região com espécies nativas do cerrado. As mesmas poderam ser doadas e utilizadas para o reflorestamento em áreas desmatadas e extintas na reserva concebida a escola, com o objetivo principal também o reflorestamento das nascentes da nossa região.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Cerrado: conhecer para conservar!
Foto: Horizontes amplos da Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins, vistos a partir do mirante do PE Jalapão
Nunca aprendi tanto sobre Cerrado quanto nos doze dias da viagem que fiz pelo Jalapão e Oeste da Bahia com o biólogo Cristiano Nogueira, para fazer as fotografias publicadas na matéria "Cerrado, um drama em silêncio", na edição 190 de National Geographic Brasil - nas bancas. Estou feliz que ele tenha encontrado um tempo na sua atribulada rotina de viagens para compartilhar com os leitores desse blog os seus conhecimentos sobre o Cerrado. Boa leitura!
Foto: Rio Novo, Jalapão
Texto Cristiano Nogueira*
Fotos: Luciano Candisani
Proteger o Cerrado é um dos maiores desafios globais para a ciência da biologia da conservação. O Cerrado representa ao mesmo tempo a savana mais rica em espécies e uma das maiores fronteiras de desenvolvimento em todo o mundo. Com o crescimento do agronegócio, a renda média da população no centro-oeste tornou-se recentemente a maior no país. O que pouca gente sabe é que este crescimento tem um preço. Difícil de medir em termos absolutos, pois a economia ainda não entende corretamente custos de oportunidade e o valor subjetivo dos capitais naturais.
Foto: Arara vermelha no planalto da Bodoquena
Uma das paisagens naturais mais antigas do continente sul-americano, as savanas do Cerrado abrigam uma biota bastante diversificada, fruto de um processo de interação entre as mudanças na paisagem e a evolução das linhagens biológicas. Como resultado, os padrões de diversidade e distribuição da fauna e flora do Cerrado são também bastante complexos, e precisam ser bem representados em estratégias de conservação.
Foto: Veado campeiro, planalto da Bodoquena
Embora a singularidade florística e a diversidade das paisagens naturais do Cerrado já tivessem sido reconhecidas desde os tempos dos naturalistas Martius e Saint-Hilaire, ainda no século XIX, muito do que se sabe sobre biodiversidade no Cerrado ainda vem sendo descoberto. Estudos recentes não param de revelar a grande riqueza e a diversidade da biota do Cerrado. O último inventário da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, a segunda maior área protegida em todo o Cerrado, revelou que a área abriga um grande conjunto de espécies de vertebrados ainda não descritos pela ciência (Veja aqui, as fotos de algumas dessas espécies).
Foto: Macaco-prego, sul do Piauí
Este conjunto de novidades científicas foi descoberto no interior de uma área protegida. Mas o que dizer dos componentes biológicos na maior parcela do Cerrado, sujeitos à perda irreversível de hábitats? Como as áreas de proteção integral no Cerrado não chegam a 3% da área total da região, e mais de 70% da área original de Cerrado já foi modificada, muitas espécies podem estar sob pressão intensa da perda de hábitat mesmo antes de serem conhecidas em termos científicos básicos.
Foto: Vereda no Jalapão
Perder espécies mesmo antes de conhecer seus atributos e potencialidades gera um grave problema: a redução da quantidade de oportunidades futuras para a sociedade, pois possíveis novas descobertas medicinais, tecnológicas ou de uso direto estão sendo perdidas cada vez que uma espécie ou linhagem biológica desaparece.
Foto: Currupião em Ipê, planalto da Bodoquena
O Cerrado foi apontado no início do século 21 como uma das regiões prioritárias para a conservação da biodiversidade em todo o planeta. No entanto, esse status ainda não parece ser suficiente, tendo em vista os tímidos avanços em conservação nos últimos três anos.
Foto: Lobo Guará, Bodoquena
Temos apenas mais duas ou três décadas para optar pela destruição ou conservação de um patrimônio biológico único, que se moldou em milhões de anos. Antes que seja tarde, é preciso revelar ao Brasil e ao mundo o que se está perdendo com a devastação do Cerrado, estimulando estudos científicos sobre a diversidade e usando tais estudos como base para proteger uma parcela significativa desta que é a mais rica e ameaçada savana do planeta.
Foto: Lobinho, Bodoquena
DICAS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS.
Preparo do solo para plantio: fazer uma mistura de 3 partes de terra, para uma de areia e uma de adubo (pode ser esterco ou terra vegetal), uma proporção de 3:1:1. Quando se tem uma terra mais arenosa não há necessidade de adição da areia. Algumas espécies do Cerrado não crescem bem na presença de calcário, por isso, nesses casos, é melhor evitá-lo.
Recipientes: podem ser garrafas pet de 2 litros ou caixas de leite ou suco, furadas embaixo, ou saquinhos comprados em lojas de artigos agrícolas. Em cada um são colocadas duas a três sementes, se forem grandes, aumentando a quantidade se forem pequenas. As sementes devem ser enterradas abaixo do solo de acordo com o tamanho também, isto é, quanto maiores mais fundo são plantadas.
Cuidados: o local ideal é parcialmente sombreado. No caso de viveiros a tela regula a incidência do sol. Têm que ser regadas uma vez ao dia, na época seca.
Em escolas: cada turma pode ser organizada em grupos, e cada grupo ficar responsável por uma ou duas mudas. As tarefas de preparo da terra, dos recipientes, plantio e rega são divididas entre os integrantes dos grupos. Nem todas as mudas vingam, por isso podem ser cultivadas umas 5-10 mudas por turma.
Transplante: deve ser feito na época das chuvas, que no Nordeste é no verão e no Centro-Oeste no inverno. As covas devem ser fundas o suficiente para cobrir os cotilédones (as primeiras folhas - modificadas) e adubadas. Recomenda-se que se diminua a rega das mudas uma semana antes do transplante para que ela vá se acostumando com a falta d`água.
Tratamento das sementes
Sementes duras, com tegumento duro: escarificação mecânica com uma lima ou cortar uma ponta com tesoura de poda. Ex.: Guapuruvu, flamboyant.
Sementes oleaginosas: devem ser armazenadas em sacos plásticos para evitar a perda de água, que diminui a relação água/óleo, prejudicando a germinação. Ex. Seringueira, Baru.
Sementes recalcitrantes: sementes de frutos carnosos costumam perder a viabilidade rapidamente: tirar a polpa e lavar bem as sementes para retirar substâncias inibidoras da germinação e plantar em seguida. Ex.: Mangaba, Cagaita.
Araticum: despolpar, lavar e deixar 36 hs. em ác. giberélico 2500 ppm.
Baru: tem que cortar para germinar (7 dias). Se não cortar o fruto a germinação só ocorre em 150 dias. Armazenar o fruto intacto em saco plástico (oleaginosa).
Buriti: colher os frutos, deixar 48 hs. na água, tirar a casca e a polpa e plantar direto no local definitivo.
Guapuruvu e flamboyant: deixar 30 min. em água quente ou 2 a 3 dias em água.
Gueroba: colher os frutos maduros e plantar logo, pois a relação água:óleo diminui.
Ipês: plantar em até 6 meses depois da coleta.
Murici (Byrsonimia crassa): quebrar a casca e plantar as sementes. Muitos frutos não tem sementes viáveis.
Pequi: deixar os frutos fermentarem durante 3 meses, lavá-los retirando a polpa (não precisa tirar os espinhos), germina em 28 dias. Se for feito um tratamento com ác. giberélico 2000 ppm, a germinação ocorre em 15 dias.
Pindaíba ou Pimenta-de-Macaco: tratamento com ác. giberélico 2500 ppm.
Sucupira: somente 20% dos frutos têm sementes viáveis. É necessário quebrar a casca do fruto e lavar as sementes com água.
Teca: deixar as sementes 48 hs. em água corrente.
Tento e Tamboril: 60 min. em água quente.
Tomate: lavar as sementes em água corrente, retirando o envoltório gelatinoso sem danificá-las (pode ser em uma peneira). Depois de secas podem ser guardadas (não possuo dados precisos de quantos anos, mas já utilizei sementes de mais de dois anos e germinaram). Adubar bem a terra e transplantar as mudas, enterrando-as acima dos cotilédones (primeiras folhas modificadas). Regar diariamente. No Cerrado o melhor mês para plantio é abril, quando pode-se dosar a quantidade de água.
Bibliografia:
Anotacões da aula do Prof. RomeroTorres (FUNAPE/UFG) no Curso de Seleção de Matrizes, Coleta de Sementes e Produção de Mudas de Espécies Nativas do Cerrado - Rede de Sementes do Cerrado - Fazenda Água Limpa, Brasília/DF
Dicas de Laura Cavalieri.
A importância do Cerrado e a necessidade de recuperação
O Cerrado é considerado a Savana Tropical mais rica do mundo abrigando mais de 12 mil espécies catalogadas de plantas em seus ambientes de matas, cerrados, cerradões, áreas úmidas e campos. Destas, cerca de 5 mil espécies são endêmicas, ou seja, não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Além disso, mais de 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves, 220 de répteis, 200 de anfíbios, 1200 de peixes, 800 de abelhas e mais de 10 mil espécies de insetos como borboletas e mariposas habitam o Cerrado. Sua importância hídrica também é evidente.
O Bioma abriga as nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras. Apesar de toda sua importância, atualmente o Cerrado encontra-se na lista dos Biomas mais ameaçados do planeta, ficando os serviços ambientais comprometidos graças ao atual modelo de ocupação, onde o Cerrado é esquecido pelas políticas públicas ambientais.
http://www.oreades.org.br/viveiro/
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Aquecimento global aumenta casos de dengue dentre outras doenças.
Projeto: aquecimento global, mal sem cura?
quem sou eu
- Célia Aparecida da Costa
- professora de geografia